domingo, 23 de setembro de 2012

Minha Casa, Minha Vida: programa poderá ter energia fotovoltaica

Ministério das Cidades avaliará inserção de sistemas nas residências sem custos para os moradores
12-set-2012

O Ministério das Cidades irá avaliar a possibilidade de instalação de sistemas de energia solar fotovoltaica dentro dos empreendimentos e residências do Programa Minha Casa, Minha Vida. A análise leva em consideração que o programa, em sua normatização, possibilita o uso de energia solar no aquecimento de água. A recomendação foi publicada pelo Conselho das Cidades no Diário Oficial da União desta terça-feira (11/9).

Segundo a publicação, as instalações devem ser conectadas ao sistema de abastecimento de energia elétrica alternativa ou complementarmente, ao sistema de aquecimento solar. A publicação considera que em muitos municípios brasileiros a temperatura média é alta, com incidência solar significativamente elevada e com alto rendimento fotovoltaico.

Além disso, o ministério expõe que o custo da energia elétrica pago pelos beneficiários incide de forma expressiva em seus gastos fixos e que a adoção do sistema de energia solar fotovoltaica poderá diminuir significativamente estes custos.

Fonte: Jornal da Energia

SÃO PAULO TEM POTENCIAL EÓLICO DE UMA BELO MONTE, ADIANTA SUBSECRETÁRIO

Atlas Eólico Paulista está pronto e aguarda agenda do governador para ser divulgado ao público

Desde 2008, quando a Secretária de Energia do Estado de São Paulo contratou um consórcio para estudar os ventos paulistas e preparar um atlas eólico, esse documento tem sido bastante esperado pelo mercado. Hoje, o levantamento está totalmente pronto e se tornará público ainda neste mês.
 
"A versão final do documento está na minha mesa, aguardando apenas uma agenda do governador Geraldo Alckmin para ser divulgado. Mas nesse mês ele precisa ser apresentado", garantiu o subsecretário de Energias Renováveis do Estado, Marco Antonio Mroz, que falou com exclusividade ao Jornal da Energia após participar da cerimônia de abertura de eventos de energia solar que acontecem no Memorial da América Latina até o próximo dia 21.
 
Embora tenha evitado dar muitos detalhes, Mroz adiantou que o Atlas vai mostrar que o Estado paulista tem potencial eólico equivalente a "uma Belo Monte". A mega hidrelétrica do Xingu, que está sendo construída no Pará, terá uma potência instalada de 11.233MW.
 
Em julho deste ano, o Secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal, já havia dito que os estudos de vento feitos para a elaboração do atlas trariam bons resultados, "colocando a região no mapa dos investidores eólicos".
 
Cabe lembrar que o Estado ainda não foi alvo de nenhum empreendimento da fonte; ao passo que regiões como Nordeste e Sul têm cada vez mais parques sendo construídos, o que significa desenvolvimento econômico e receitas para os governos.
 
As medições para elaboração do atlas paulista foram feitas por mais de um ano, a partir de 2011, em sete pontos diferentes de São Paulo: Altinópolis, Avaré, Buritizal, Catanduva, Echaporã, Dois Córregos, São Roque, além da Serra do Mar.
 
Foram responsáveis pelos estudos as empresas Bioenergy e Proventos. Depois, a consolidação dos dados foi feita nos Estados Unidos, por uma empresa dinamarquesa.

Fonte: Jornal da Energia

domingo, 16 de setembro de 2012

Autogeração de energia solar tem potencial para representar até 15% do consumo de energia domiciliar nacional

O abastecimento residencial a partir da autogeração de energia solar já é uma opção viável no Brasil, de acordo com o presidente da Empresa de Política Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, e tem potencial para representar até 15% consumo de energia domiciliar nacional, mesmo que nenhuma política seja feita para incentivar a fonte.

"Chegamos a este percentual ao analisarmos em que situação seria vantajoso para o consumidor instalar painéis fotovoltaicos em sua casa, levando em consideração o quanto ele paga pela tarifa de energia" , explicou, durante apresentação de estudo sobre a Inserção da Geração Solar na Matriz Energética Brasileira (03/07).

Os cálculos da EPE foram feitos com base na instalação de painéis com 5 KW de potência em casas, que demandam investimentos de R$ 38 mil, e tem custo nivelado de R$ 602/MWh. As simulações mostram, entretanto, que se for desenvolvida uma linha de financiamento especial, o custo nivelado pode cair para R$ 585/MWh e o mercado potencial pode chegar a até 21% do consumo residencial nacional.
 
Se houver isenção fiscal de Imposto de Importação (II) e de PIS/Cofins – as células já não são taxadas em IPI e ICMS – o custo de instalação pode cair para R$ 549/ MWh e o mercado potencial, crescer para 29% do consumo residencial do Brasil.

A última circunstância analisada pela empresa de pesquisa foi se o investimento em geração solar pudesse ser deduzido do Imposto de Renda, solução já desenvolvida nos Estados Unidos. Nesta linha, o abatimento ocorreria nos dois primeiros anos de investimento, de 15% em cada ano, e o custo nivelado sofreria redução para 465 R$/MWh. Nesse caso, o mercado seria bem maior, de 69% do consumo residencial nacional podendo aderir à geração distribuída.
 
Caso os incentivos sejam feitos todos à mesma época, o efeito cumulativo reduziria os custos da energia solar para R$ 409/MWh, e tornaria a fonte viável para 98% do consumo residencial do país. "Neste sentido há duas possibilidades: ou o consumidor espera o preço das células fotovoltaicas caírem, ou essas medidas poderiam reduzir o custo de implementação", explicou Tolmasquim, reforçando que mesmo sem o estímulo governamental, a geração distribuída a partir da energia solar já é viável.
 
Solar em leilões
O presidente da EPE reforçou que os resultados apresentados não se traduzem em uma nova política governamental, mas são instrumentos para que se comece a discutir a fonte. A análise foi entregue ao ministério de Minas e Energia (MME) em maio, e apresentada à pasta há duas semanas. "O governo ficou de analisar. Este ano não dá para fazer alterações, pois os leilões já estão marcados e empresas cadastradas, é uma discussão mais para o ano que vem", adiantou.
 
A energia solar ainda não se mostrou competitiva para geração centralizada, uma vez que os preços praticados nos leilões estão bem inferiores aos custos de desenvolvimento de uma usina solar. Tolmasquim, entretanto, se mostrou favorável à inserção da fonte nas concorrências, até como forma de teste para se medir quantas empresas se cadastrariam, o potencial de oferta, estratégias de combinação com outras fontes (como a eólica), entre outras questões.

Sobre empresas que já estudam projetos solares, ou a utilização de painéis fotovoltaicos em torres eólicas, o presidente afirmou que são mais por efeito demonstrativo do que por questões econômicas. "A empresa elétrica que desenvolve energia solar hoje o faz mais por uma questão tecnológica e industrial, para desenvolver as células e gerar escala, mas isso tem que ser feito em pequena escala para não onerar o consumidor", acrescentou Tolmasquim.

Fonte: EPE

sábado, 15 de setembro de 2012

ARANATECH começa a fornecer sistemas de geração de energia elétrica fotovoltaica

A ARANATECH, em parceria com a BLUE-SOL de Ribeirão Preto-SP, começa, a partir de outubro deste ano, a desenvolver projetos e implementar sistemas de geração de energia elétrica fotovoltaica para uso residencial, comercial e industrial. Os sistemas serão para microgeradores (até 100 kW instalado) e minigeradores (até 1MW instalado). 

As opções serão as mais variadas, todas elas com retorno sobre investimento bastante atrativos. A energia elétrica poderá ser até gerada pelo ponto consumidor e "vendida" para a concessionária local, na forma de compensação entre o consumido e o gerado.  "Trata-se de uma energia limpa, renovável e barata, se pensarmos no intervalo de tempo que teremos para sua manutenção", explica o engenheiro Edgar Arana, 49, diretor técnico da ARANATECH Engenharia de Energia, de São Carlos-SP . A grande vantagem deste sistema é que ele, numa área com sol, começa a gerar energia instantaneamente, de forma compartilhada com a rede de energia local ou de forma autônoma.

"Imagine se você tem um ponto de consumo de eletricidade, uma bomba dágua por exemplo, afastado consideravelmente de qualquer ponto de fornecimento de energia elétrica. O sistema fotovoltaico permitirá atender esta demanda por energia de forma autônoma, mais barata e sem depender dos custos para fazer chegar a eletricidade até o ponto, pois ele poderá ser instalado muito próximo do local de consumo.", acrescenta Edgar Arana. Na maneira convencional talvez este ponto nem tenha condições de ser alimentado pela rede da concessionária, devido aos elevados custos de se fazer chegar energia até la. "Se o ponto for alimentado por gerador diesel, as vantagens serão maiores ainda", emenda.


A geração distribuida, como ela é entendida pelos órgãos oficiais, que compreende qualquer forma de geração de energia elétrica individual e que esteja conectada a rede convencional, já possui regulamentação pela ANEEL (Resolução 482 de 17 de abril de 2012). Tal resolução estabelece as condições gerais para o acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica e trata também do sistema de compensação de energia elétrica.

Para mais informações, entre em contato com a ARANATECH através do site www.aranatech.com.br

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BNDES se prepara para a energia solar

Com a recente aprovação da regulamentação para a microgeração de energia, o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) está atento ao momento em que terá que começar a financiar projetos fotovoltaicos no País. 

“Estamos nos preparando, pois a tendência é de que comece a se ter algo no setor de solar”, comentou a chefe do departamento de Energia Elétrica do banco de fomento, Márcia Souza Leal, após participar do Energy Summit, no Rio de Janeiro.


Sem precisar se o crédito para o setor de energia fotovoltaica pode acontecer a curto ou médio prazo, a executiva contou que o BNDES tem se reunido com empresas do segmento. “Esses encontros já acontecem, mas o momento em que isso vai acontecer depende da estratégia que for alinhada junto ao Ministério de Minas e Energia (MME), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE)”, explicou Márcia, ao ressaltar que a decisão de fomentar o setor não depende só do BNDES.

A executiva ainda acrescentou que a atuação no banco no setor seguirá a mesma trilha do que ocorre com outras fontes renováveis. “Precisamos estruturar uma cadeia de fornecedores, sempre focados na preocupação em estimular a implantação de uma indústria nacional”, disse.

Cooperação com Alemanha
Durante uma apresentação para executivos do setor a gerente de projetos de energia e desenvolvimento econômico do KFW Bankengruppe, Tabea Von Frieling de Valencia, adiantou que o banco de fomento alemão vem trabalhando em cooperação com o BNDES.
“Temos em preparação um plano de cooperação financeira, junto com o BNDES, voltado a projetos fotovoltaicos conectados conectados à rede”, revelou a executiva, sem dar maiores detalhes.

Fonte: Jornal de Energia

ANEEL aprova regras para facilitar a geração de energia nas unidades consumidoras

Geração    A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou em 17/04 de 2012 regras destinadas a reduzir barreiras para instalação de geração distribuída de pequeno porte, que incluem a microgeração, com até 100 KW de potência, e a minigeração, de 100 KW a 1 MW. A norma cria o Sistema de Compensação de Energia, que permite ao consumidor instalar pequenos geradores em sua unidade consumidora e trocar energia com a distribuidora local. A regra é válida para geradores que utilizem fontes incentivadas de energia (hídrica, solar, biomassa, eólicae cogeração qualificada).

   Pelo sistema, a unidade geradora instalada em uma residência, por exemplo, produzirá energia e o que não for consumido será injetado no sistema da distribuidora, que utilizará o crédito para abater o consumo dos meses subsequentes. Os créditos poderão ser utilizados em um prazo de 36 meses e as informações estarão na fatura do consumidor, a fim de que ele saiba o saldo de energia e tenha o controle sobre a sua fatura.

   Os órgãos públicos e as empresas com filiais que optarem por participar do sistema de compensação também poderão utilizar o excedente produzido em uma de suas instalações para reduzir a fatura de outra unidade.

Medição 

   O consumidor que instalar micro ou minigeração distribuída será responsável inicialmente pelos custos de adequação do sistema de medição necessário para implantar o sistema de compensação. Após a adaptação, a própria distribuidora será responsável pela manutenção, incluindo os custos de eventual substituição.

   Além disso, as distribuidoras terão até 240 dias após a publicação da resolução para elaborar ou revisar normas técnicas para tratar do acesso desses pequenos geradores, tendo como referência a regulamentação vigente, as normas brasileiras e, de forma complementar, as normas internacionais.

Vantagens 

   A geração de energia elétrica próxima ao local de consumo ou na própria instalação consumidora, chamada de “geração distribuída”, pode trazer uma série de vantagens sobre a geração centralizada tradicional, como, por exemplo, economia dos investimentos em transmissão, redução das perdas nas redes e melhoria da qualidade do serviço de energia elétrica.

   Como a regra é direcionada a geradores que utilizam fontes renováveis de energia, a agência espera oferecer melhores condições para o desenvolvimento sustentável do setor elétrico brasileiro, com aproveitamento adequado dos recursos naturais e utilização eficiente das redes elétricas.

   O assunto foi amplamente discutido com a sociedade em uma consulta e uma audiência pública. A audiência ficou aberta no período de 08/08/2011 a 14/10/2011 e, ao todo, foram recebidas 403 contribuições de agentes do setor, universidades, fabricantes, associações, consultores, estudantes e políticos.

Descontos da TUSD e TUST 

   Paralelamente ao sistema de compensação de energia, a ANEEL aprovou novas regras para descontos na Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição – TUSD e na Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão – TUST para usinas maiores (de até 30 MW) que utilizarem fonte solar: 
 
  • Para os empreendimentos que entrarem em operação comercial até 31 de dezembro de 2017, o desconto de 80% será aplicável nos 10 primeiros anos de operação da usina
  • O desconto será reduzido para 50% após o décimo ano de operação da usina
  • Para os empreendimentos que entrarem em operação comercial após 31 de dezembro de 2017, mantém-se o desconto de 50% nas tarifas
Fonte: ANEEL