A edição de 2004 da NBR 5410 apresentou uma novidade no sentido de tornar mais precisa a terminologia no campo do aterramento.
Nas
edições anteriores da norma o termo aterramento foi usado com o sentido
de equipotencialização, por exemplo, quando se dizia “aterrar um
equipamento” se referia ligar o condutor de proteção (fio terra) neste
equipamento. O condutor de proteção não está ligado diretamente ao
eletrodo de aterramento, mas está ligado no barramento de terra do
quadro de distribuição, que por sua vez pode não estar ligado
diretamente ao eletrodo de aterramento, mas ao barramento de terra de um
quadro intermediário, que por sua vez também pode não estar ligado ao
eletrodo de aterramento, mas ao barramento de terra de outro quadro, até
que finalmente o barramento de terra de um quadro esteja ligado ao
eletrodo de aterramento. O que se tem é uma rede de equipotencialização,
aterrada, mas ainda assim uma rede de equipotencialização. A edição de
2004 passou a designar a ligação do condutor de proteção ao equipamento
com o termo equipotencialização, deixando o termo aterramento
exclusivamente para a ligação ao eletrodo de aterramento, ou seja, a
ligação direta à terra de componentes da instalação ou equipamentos.
A definição de equipotencialização
segundo a NBR 5410 é o procedimento que consiste na interligação de
elementos especificados, visando obter a equipotencialidade necessária
para os fins desejados. Por extensão, a própria rede de elementos
interligados resultante. A equipotencialização pode ser principal ou
local (esta ainda pode ser denominada suplementar); diz-se que uma
equipotencialização é local quando os elementos interligados estão em
uma determinada região (local) da edificação e que uma
equipotencialização é principal quando interliga os elementos de toda a
edificação.
Como a primeira condição para se
realizar uma equipotencialização o item 5.1.2.2.3.1 da norma determina
que todas as massas de uma instalação devem estar ligadas a condutores
de proteção. Para que a medida seja eficaz a norma precisa definir a
forma de interligação dos condutores de proteção, então os item
seguintes determinam que em cada edificação deve ser realizada uma
equipotencialização principal e tantas equipotencializações locais (ou
suplementares) quantas forem necessárias. Veja que a norma determina a
obrigação da equipotencialização principal, mas existência da
equipotencialização local não está definida nos critérios gerais, mas no
capítulo 9 da norma, e nos demais casos, fica a critério do projetista.
Todas as massas da instalação situadas em uma mesma edificação devem
estar vinculadas (via condutor de proteção) à equipotencialização
principal da edificação e, dessa forma, a um mesmo e único eletrodo de
aterramento. Isso sem prejuízo de equipotencializações locais que se
façam necessárias, pela exigência do capítulo 9 ou por decisão do
projetista.

A figura acima representa uma equipotencialização no interior de uma edificação, com os seus principais componentes:
- o eletrodo de aterramento,
- o condutor de aterramento (1),
- o barramento de equipotencialização principal – BEP,
- as ligações equipotenciais (2),
- as ligações equipotenciais locais (5)
- o condutor de proteção principal (3),
- os condutores de proteção dos circuitos(4)
- os barramentos de equipotencialização local (b)
- os elementos condutores estranhos a instalação (c)
- o terminal de aterramento de telecomunicações - TAT.
O objetivo da equipotencialização da
NBR 5410 é obter a equipotencialidade necessária para os fins desejados,
no caso da figura acima a edificação é de uso normal; quando a
edificação tiver equipamento com tecnologia de informação pode ser
necessária uma rede de equipotencialização mais elaborada.
FONTE: VOLTIMUM
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