sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

2010: O ano para uma explosão de Eficiência Energética

Em 2009, a conscientização sobre os impactos positivos da eficiência energética foi elevado a novas alturas. Desde a visão do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, do crescimento do número de empregos com o estímulo da eficiência energética até a declaração do secretário de Energia, Steven Chu, de que se considera "um entusiasta da conservação de energia", a promessa da eficiência energética resolvendo os desafios do século 21 se tornou amplamente conhecida. 

O conceito da eficiência energética se destaca de outras iniciativas de tecnologia limpa e construção verde por um motivo muito simples: é relativamente barata. Se você pensar, a energia mais limpa e barata é a que não é consumida. Assim, mesmo que haja um custo inicial para aplicar medidas de eficiência energética, o retorno é permanente. Isto significa que dentro de poucos meses ou anos, você reembolsa o dinheiro que foi gasto. Essa é uma forma de sustentabilidade à qual todos podem aderir.

Há três fatores chave que levam as pessoas à ação: incentivos, financiamento e soluções comprovadas. Incentivos vêm de várias formas e tamanhos, variando de legislações locais e federais que ordenam maior eficiência energética, até proprietários de imóveis se beneficiando do marketing proveniente de ser certificado pelo Energy Star ou com o Liderança em Energia e Design Ambiental (LEED, na sigla em inglês).

A certificação LEED tem crescido explosivamente nos últimos anos. O Relatório de Impacto e Mercado das Construções Verdes 2009 concluiu que a atividade de construções verdes registradas com o LEED cresceu para um total de mais de 650 milhões de metros quadrados no mundo todo, desde que o padrão foi lançado em 2000 - mais de 40% de crescimento em 2009. 
Fonte: Greener Buildings

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Desperdício de energia chega a R$16 bilhões ao ano

Nos últimos dez anos, o consumidor brasileiro desembolsou quase R$ 5 bilhões na conta de luz para bancar projetos de eficiência energética e de soluções para melhorar a operação do sistema elétrico nacional. Até agora, no entanto, os resultados são questionáveis.

O País continua desperdiçando cerca de R$ 16 bilhões por ano de energia elétrica - equivalente ao investimento total para a construção da Hidrelétrica de Belo Monte (PA). Além disso, nos últimos anos, a qualidade da energia entregue aos consumidores tem piorado consideravelmente em algumas distribuidoras.

Dos R$ 16 bilhões de eletricidade desperdiçada, R$ 7,3 bilhões referem-se a furtos, fraudes e erros de medição. Só neste caso a quantidade de energia perdida, de 23 mil MWh, poderia abastecer por um ano 19 milhões de residências com consumo médio de 100 kWh por mês. Os outros R$ 8,7 bilhões referem-se a perdas ocorridas durante a transmissão da energia, da usina até o consumidor final.

A redução desses prejuízos, que também oneram o bolso dos brasileiros, foi um dos principais motivos da lei criada pelo governo federal, em 2000, que tornou obrigatório o investimento de 1% da receita líquida em P&D e eficiência energética. Parte desse dinheiro vai para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), do Ministério de Ciências e Tecnologia. Outra parcela fica no Ministério de Minas e Energia e banca, entre outras coisas, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que produz os estudos de novas usinas para o País.

O restante fica nas empresas (distribuidoras, geradoras ou transmissoras) para a elaboração de projetos de pesquisa e inovação. Só em pesquisa e desenvolvimento as companhias desenvolveram 4.521 projetos até o ano passado.

O grande problema é que todo esse volume de projetos não tem se traduzido - na maioria dos casos - em melhoria para a população que usa o serviço público. Segundo especialistas, o dinheiro tem sido mal usado em muitas companhias por falta de uma política adequada. Prova disso é que as empresas não conseguem gastar todo o dinheiro destinado à pesquisa. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), do total reservado para investimentos em pesquisa e eficiência energética, entre 2000 e outubro deste ano, R$ 1,92 bilhão (sem correção dos juros) ainda não havia sido gasto pelas empresas. Isso representa 42% do volume total recolhido desde 1998.

Fonte: Portal Lumiere -13 de janeiro de 2010