sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Horário de Verão poderá ter consumo 5% menor

O horário de verão poderá proporcionar ao país uma redução de cerca de 5% no consumo de energia durante o período em que os relógios estarão adiantados em uma hora. Nos últimos 10 anos, a adoção da medida proporcionou uma redução média de 4,7% na demanda por energia no horário de maior consumo, segundo o Ministério de Minas e Energia.

O próximo período do horário de verão vai de 17 de outubro próximo a 20 de fevereiro de 2011. No ano passado, o horário de verão teve início no dia 18 de outubro de 2009 e vigorou até o dia 21 de fevereiro último. 

O principal resultado foi a redução na demanda de energia elétrica de aproximadamente 4,4% no Sudeste e Centro-Oeste e de 4,5% no Sul.

Para o coordenador do Grupo de Estudos do Setor de Energia Elétrica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel-UFRJ), Nivalde de Castro, o horário de verão é uma medida positiva, pois a economia de energia corresponde ao crescimento de um ano na geração de energia elétrica do país. “Isso é uma vantagem muito grande, porque permite que o Brasil não precise investir em novas hidrelétricas e termelétricas.”

O horário de verão é adotado sempre nesta época do ano por causa do aumento na demanda por energia, que é resultado do calor e do crescimento da produção industrial às vésperas do Natal. Nesse período, os dias têm maior duração por causa da posição da terra em relação ao sol, e a luminosidade natural pode ser melhor aproveitada.

No Brasil, o horário de verão foi instituído pela primeira vez no verão de 1931/1932 pelo então presidente Getúlio Vargas e durou quase meio ano. Atualmente, vários países fazem mudança no horário convencional para aproveitar melhor a luminosidade do verão.

Desde 2008, foram estabelecidas datas fixas para o início e término do horário de verão no país: a mudança ocorre no terceiro domingo de outubro e termina no terceiro domingo de fevereiro. Se a data coincidir com o domingo de carnaval, o final do horário de verão é transferido para o domingo seguinte.

Fonte: Canal Ambiente Energia

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Consumo de energia cresceu 8,1% no Brasil em agosto

O Operador Nacional do Sistema (ONS) afirmou que o consumo de energia no Brasil em agosto cresceu 8,1% em relação ao mesmo mês em 2009. A explicação é a retomada do crescimento industrial.
Os gastos com energia cresceram em todas as regiões do Brasil e atingiram a marca de 55.582 MW (megawatts) médios, sem levar em consideração as eventuais perdas ou roubos de energia.

A região que teve o maior aumento em relação a agosto de 2009 foi a Sul. Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul gastaram 9,4% a mais. Logo em seguida apareceu o sistema Sudeste/Centro-Oeste, com crescimento de 8,5%. O consumo no norte foi 7,6% superior ao registrado em agosto de 2009. Já no nordeste, essa mesma marca foi de 5,4%.

Fonte: ONS (Set/2010)

Prédios com etiqueta de eficiência energética economizam até 40% de energia

Apesar do apelo econômico, o Procel Edifica, emitido pelo Inmetro, ainda tem pouca adesão de construtores e incorporadores no Brasil. Segundo o Ministério de Minas e Energia, setor de edificações responde por 42% do consumo de energia do país.

Conta-se nos dedos o número de empreendimentos brasileiros que possuem a etiquetagem de eficiência energética "Procel Edifica". Lançada há pouco mais de um ano e válida para prédios comerciais e públicos, ela foi concedida a apenas 10 edifícios. Outros 40, que já foram avaliados pelo Inmetro, aguardam a emissão da etiqueta.
 
A análise faz parte do Programa Nacional de Conservação e Eficiência Energética em Edificações (Procel-Edifica), que promove a economia e o uso racional da energia elétrica nas edificações. Até o momento, a etiqueta se aplica somente a edifícios comerciais e públicos, que são analisados a partir de três características: sistema de iluminação; condicionamento de ar; e envoltória (análise da fachada, áreas de vidro, janelas, etc.).
 
Para cada um dos pré-requisitos é dada uma classificação, que vai de "A" a "E", dependendo do nível de eficiência energética da edificação. A média ponderada das três etiquetas determina a nota final do prédio. O sistema de ar-condicionado, por ser um dos que mais consomem energia, tem peso 4, e os demais, peso 3.
 
Atualmente, a adesão ao programa é voluntária. Mas não por muito tempo. "A ideia é tornar obrigatória a etiquetagem energética dos edifícios, assim como acontece com os eletrodomésticos", afirma Rodrigo Casella, arquiteto do Procel Edifica. "Até o final do ano, ela também deverá ser estendida para edificações residenciais".
 
Os prédios construídos segundo padrões de eficiência energética custam, em média, de 5% a 7% a mais que os tradicionais. Entretanto, a economia gerada pode chegar até 40%. Para Casella, o apelo econômico (e atrativo) da etiquetagem revela-se o canal mais efetivo para aumentar a adesão dos empresários do setor da construção civil, que ainda é baixa. "Eficiência energética significa economia na conta de luz, ou seja, além dos benefícios para o ambiente, a etiquetagem pesa menos no bolso", enfatiza o arquiteto.
 
Nos próximos seis anos, o país deve presenciar um boom de novas construções para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Para estimular a adoção de soluções de baixo impacto ambiental pelo setor, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou uma linha de crédito para hotéis em construção ou que pretendam passar por uma reforma.
 
Um dos pré-requisitos para inscrição no ProCopa Turismo é que o empreendimento tenha a classificação "A" do Procel Edifica. A linha de crédito é de R$ 1 bilhão e se destina a cidades-sedes e capitais, com valores que variam de R$ 3 milhões a R$ 10 milhões.

Fonte: EXAME.com Tweet

Primeira usina de energia solar comercial do país


A MPX, do empresário Eike Batista, vai construir a primeira usina solar comercial do país, em Tauá, no Ceará. Serão investidos R$ 10 milhões para a instalação de 1 MW (megawatt) de capacidade, que permitirá abastecer 1,5 mil residências, a partir do ano que vem. A empresa já entrou com pedido na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para poder operar até 5MW, o que deve acontecer em até dois anos.


Os planos da MPX preveem ter uma capacidade instalada de até 50 MW em outros projetos. Produzir energia solar custa até seis vezes mais do que a geração hidrelétrica. O custo com energia solar varia entre R$ 500 e R$ 600 por megawatt/hora.  Representa até quatro vezes mais do que o preço da energia eólica, outra fonte limpa e renovável. O megawatt/hora da energia oriunda dos ventos varia entre R$ 150 e R$ 200. A MPX obteve incentivos do governo do Ceará que possibilitaram a construção da unidade.

Fonte: Site Procel (set/2010)